A Aliança da Sociedade Civil contra a Usurpação da Terra em Moçambique (ASCUT) pretende recrutar um (1) Consultor – Desenvolvimento de um Sistema de Monitoria e Reporte de Casos de Usurpação e Conflitos de Terras e outros Recursos Naturais.
A Aliança da Sociedade Civil contra a Usurpação da Terra em Moçambique (ASCUT) é uma plataforma constituída por organizações da sociedade civil nacionais e internacionais sem fins lucrativos que desenvolvem actividades de advocacia no sector da terra, agricultura e outros recursos naturais. A ASCUT tem como objetivo principal maximizar sinergias entre as organizações da sociedade civil membros da aliança, com vista a tornar eficazes as suas ações de advocacia contra a usurpação de terras, de modo a que mulheres e homens usufruam dos direitos de posse, uso e controlo da terra.
Em Moçambique, a terra é um activo cada vez mais valorizado e fonte de frequentes conflitos. Isto, em parte, ocorre como consequência da descoberta dos recursos naturais e o do recrudescimento de investimentos no sector agrário em diferentes regiões do país.
A maior parte dos conflitos de terra muitas vezes opõem as populações rurais e agentes económicos nacionais, estrangeiros e em alguns casos personalidades da nomenclatura política, prejudicando em várias situações as comunidades locais que na maioria dependem da terra para a sua sobrevivência. Ademais, os problemas de conflitos sobre a terra são maioritariamente consequência de uma débil estrutura de governação da terra no qual as regras e os compromissos relativos a consultas comunitárias são ignorados, desrespeitados ou mal conduzidos; um certo padrão de institucionalização da informalidade nos processos de gestão da terra que abre campo a processos de gestão muito complexos e duradouros que acabam por dar lugar a corrupção e ao peternalismo; e um oportunismo de caça de rendas por parte das elites próximas do poder que em virtude do enfraquecimento das instituições formais utilizam estrategicamente os recursos que possuem (influência política, autoridade e poder) em benefício dos investidores, uma vez que estes dispõem de recursos financeiros que interessam às elites, quer para contribuir nas receitas do Estado, bem como para sustentar os interesses privados e de grupos. Nesse contexto, de forma consistente as populações rurais detentoras primárias dos direitos de uso e aproveitamento da terra, por se tratarem de grupos sociais fracos e sem poder, são expostas a perda de seus direitos e suas terras a favor de investidores
Assim, por conta dos factores acima apresentados, a ASCUT pretende desenvolver um sistema de reporte e monitoria de casos associados a usurpação e conflitos de terra e outros recursos naturais. Através deste mecanismo, a ASCUT pretende contribuir para a prevenção, mitigação e resolução de casos de usurpação e conflitos de terra.
Muitas vezes as pessoas ou comunidades afectadas pela usurpação e conflitos de terra em Moçambique têm tido dificuldades para reportar. Isso, em parte, ocorre por falta de clareza sobre os locais onde reportar ou por falta de credibilidade das entidades competentes para o efeito. Neste sentido, a ASCUT através do sistema de monitoria e reporte de casos de usurpação e conflitos de terra irá gerar um espaço onde as comunidades poderão sentir-se confortáveis para reportar qualquer situação que envolve a privação dos seus direitos sobre o uso e aproveitamento da terra.
Por outro lado, através do sistema de reporte dos casos de usurpação e conflito de terra, a ASCUT irá contribuir para mapear e identificar os casos de usurpação e conflitos existentes no país, o que permitirá gerar evidências para alimentar os processos de advocacia no sentido de reivindicar melhorias na governação da terra, mas também solicitar a quem de direito para repor os direitos dos afectados pela usurpação e conflitos da terra.
Igualmente, a ASCUT tendo esse sistema em funcionamento será a base de informação para estabelecer a ligação com o departamento de gestão de conflitos de terra do Ministério da Terra e Ambiente.
Numa primeira fase o sistema será implementado em 6 províncias, nomeadamente Maputo, Inhambane, Sofala, Tete, Nampula, Cabo Delgado e Niassa.
Geral
Específicos
A empresa ou consultor deve ter os seguintes requisitos:
O critério de selecção a ser optado será o critério conjugado e de acordo com as normas e procedimentos de procurment da ASCUT-JustaPaz. A comissão de avaliação terá em consideração os seguintes critérios: a) pertinência e a satisfação da ASCUT, em relação à proposta de orçamento; b) qualificações técnicas e a experiência relevante do consultor na área em questão.
Cada critério será avaliado numa escala de 1 a 100%, sendo que a proposta financeira pesará 60% e as qualificações técnicas pesarão 40%. As avaliações serão depois ponderadas para chegar a uma classificação final.

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