É importante colocar naturalidade no currículo?
Num país multicultural como o nosso, é comum que todos tenham orgulho das suas origens e queiram expressar isso de todas as formas, incluindo nos seus currículos. No entanto, num contexto corporativo e particularmente em gestão de pessoas, a naturalidade não deve ser uma métrica de avaliação de um candidato – embora todos saibamos que não é exactamente isso que ocorre nas empresas, há de facto o tribalismo no sentido mais literal possível.
Enquanto também é facto que pessoas de diferentes províncias podem cooperar perfeitamente numa organização, algumas podem deixar as suas diferenças serem um empecilho para a produtividade. É tendo isso em consideração que alguns gestores de recursos humanos e recrutadores podem dar importância à sua naturalidade.
Unir diferentes pessoas de várias origens, culturas, formações e vivências em prol do objectivo comum e promover a diversidade é tarefa dos gestores, tendo isso em conta, porque iria importar a naturalidade do colaborador no processo de recrutamento?
Então, devo colocar a minha naturalidade ou não?
Excepto nos raros casos em que a naturalidade tem uma relação directa e é imprescindível para a realização das tarefas, a resposta é NÃO. Lembre-se sempre de foque-se em enaltecer as qualidades que lhe tornam o melhor candidato para ocupar o cargo, certamente se a sua naturalidade for relevante, o empregador vai chama-lo para uma entrevista para pergunta-lo, depois de ficar impressionado com o seu currículo – não há motivo para você voluntariamente minar o seu currículo.